Aqui a abordagem é Qualitativa!
- Elizete Almeida
- 18 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

Os métodos de pesquisa denominados qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, e não quantificar os valores e as trocas simbólicas, pois os dados analisados não são métrico e se valem de diferentes abordagens.
Na pesquisa qualitativa, o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas.
A preocupação aqui então é com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais, trabalhando com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.
Inicialmente a pesquisa qualitativa foi aplicada em estudos de Antropologia e Sociologia, como contraponto à pesquisa quantitativa dominante, mas tem estendido seu campo de atuação para outras áreas como a Psicologia e a Educação.
Alguns autores criticam a pesquisa qualitativa por seu empirismo, pela subjetividade e pelo envolvimento emocional do pesquisador.
A pesquisa qualitativa tem as seguintes características:
Objetivação do fenômeno;
Hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno;
Observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural;
Respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos;
Busca de resultados os mais fidedignos possíveis;
Oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.
O pesquisador deve ficar atento aos seguintes riscos da pesquisa qualitativa:
Excesso de confiança no investigador como instrumento de coleta de dados;
A reflexão exaustiva acerca das notas de campo possa representar uma tentativa de dar conta da totalidade do objeto estudado, além de controlar a influência do observador sobre o objeto de estudo;
Falta de detalhes sobre os processos através dos quais as conclusões foram alcançadas;
Falta de observância de aspectos diferentes sob enfoques diferentes;
Certeza do próprio pesquisador com relação a seus dados;
Sensação de dominar profundamente seu objeto de estudo;
Envolvimento do pesquisador na situação pesquisada, ou com os sujeitos pesquisados.
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